domingo, 19 de abril de 2009

Eu não sou ninguém.

Sábado de bar. Minas Gerais.
Saímos eu e meu irmão em direção às imediações mais movimentadas enquanto boa parte da juventude da cidade estaria numa micareta. Certamente não era uma possibilidade. Sentamos no bar e como sempre, depois que a cerveja entra, a verdade sai.
Mesmo que nós sejamos melhores amigos, sempre existem algumas coisas que a distância acabava nos fazendo esquecer de contar. Situação engraçada, rimos até dos problemas de família. Ridículo. Aliás, problemas estes que só existem por orgulho. Quanta besteira!
Depois de uma boa quantidade de Originais, resolvemos fechar. Chega!, vamos pra casa ficar de bobeira o resto da noite. Eram por volta de 2:30. Chamamos um taxi e fomos. Chegando em casa, a onda bateu. E QUE onda... um tsunami!
Depois de rirmos muito do mundo e daquela situação ridícula, meu irmão se jogou no arbusto próximo à sua casa. Resultado: ele se estatelou no chão e o pequeno arbusto não resistiu. Rimos muito. Meu irmão e sua onda altamente destrutiva. Insano! Passaram-se alguns minutos e o cigarro caiu. E pra achar no escuro? Ficamos ridiculamente agachados iluminando o gramado com isqueiro e celular e a tentativa de salvar o fumo, até então, era em vão.
Então um carro dos guardas do condomínio apareceu indagando sem muito rodeio: "Quê que vocês tão fazendo aí?". Meu irmão respondeu rapidamente: "Procurando a chave que caiu por aqui!". O guarda também não pestanejou: "Cêis tão procurando chave ou atropelando o arbusto?".
Gelo! Mas, sabiamente, meu irmão levantou a chave e disse: "Encontrei. Boa noite!". Entramos em casa rindo muito. Mas que merda! Malditos guardas! A gente tava numa nice! Voltamos pra fora de casa. Bad. Que bad. Sentei no chão e me senti tonto. Muito tonto. Que merda, mané! As únicas coisas que conseguia dizer eram: "Eu não sou ninguém...". Obviamente, ao fundo, meu irmão se acabava de rir da minha situação. Mas é claro, no meu estômago eu só consegui colocar dois cachorros quentes durante o dia inteiro. Bad de novo. "Eu não sou ninguém...". Golfei. Que merda. Há muito tempo eu não golfava espontaneamente. A calçada ficou um pouco suja, mas foda-se né? Afinal, era vômito de alguém que não era ninguém. Ou pelo menos achava. Muitos risos ao fundo. Tudo rodou mais um pouco. Acordei. Ainda estava sentado com a cabeça baixa na calçada e meu irmão gastando o resto da onda.

Quer saber? Foda-se! Eu vou me deitar e esperar até amanhã pra onda passar. Subi correndo cambaleante, tirei a camisa e o tenis e deitei. Não precisei de nem um minuto. "Eu não sou ninguém...". Mais risos ainda ao fundo...

Nenhum comentário:

Postar um comentário