terça-feira, 21 de abril de 2009

De barriga cheia.

Prontos pra sair. Minas Gerais, ainda.
O dia tinha sido tranquilo. Ficamos doidões a tarde toda e aproveitamos as horas livres e a criatividade momentânea para gravar alguns stunts. Mas já que o que interessa é a noite, então dane-se o dia!...
A noite começou com um pôr-do-sol. Um tanto quanto idiota dizer isso, mas não quando se considera o fato de que eu estava doidão. Outro fator que faz com que não seja idiota é considerar que a casa do meu irmão fica num local de condições geográficas elevadas. O sol ia se pondo por trás de algumas nuvens e das montanhas, mudando radicalmente a cor do céu de um azul bem claro para tons de amarelo, laranja, vermelho, rosa, anil, violeta...

Tomamos rumo para o "novo" shopping da cidade. Nem tão novo assim, mas já que de uns tempos pra cá as visitas à cidade de meu irmão se tornaram mais escassas, então o shopping é uma novidade sim. Lanchamos no Bob's enquanto conversávamos sobre os stunts e o propósito deles e depois ficamos vagando por lá enquanto a namorada dele não ligava pra todo mundo se encontrar. Ainda tinha a porra de um palhaço que ficava em cima de um palanque contando piadas no microfone. Cara chato! Naturalmente, o xingamos entre nós e sentimos vergonha alheia por ele. Enfim, depois que ela ligou, fomos nos encontrar no mesmo bar do último post.

Descemos na direção do bar. Lá estava a namorada do meu primo, uma prima dela e mais uma amiga. Não passavam das nove e meia, logo ainda teríamos pouco menos de duas horas pra ficar por lá até irmos pra boate que decidimos. E lá se foram algumas cervejas e uma batata frita (e um início de vontade de utilizar o toalete) e fomos pegar um táxi pra irmos logo ao destino final da noite (para alguns, é claro). Mas antes disso, meu irmão comprou um energético Burn (que ficou escondido na cueca) para não pagar caro lá dentro. Chegamos e ficamos ponderando se entrávamos ou íamos para a outra boate, mas como essa era um pouco mais barata, optamos por ficar lá mesmo.

Entramos. Passo número um: ir para o bar. Passo número dois: puxar papo com a atendente gata do bar. Mas, meu amigo, areia demais. E ela estava em serviço. Vamos pensar nas possibilidades. "Me vê uma Heineken, querida". Começar a manter a onda é uma boa opção. "Cara, aqui só vende Red Bull". Muitas risadas. Puta merda! Meu irmão ainda estava com o energético em suas partes íntimas e não podia tirar porque a boate não comercializava Burn. Logo ele pegou um Ballantine's e correu pro banheiro pra misturar o energético sem que ninguém do estabelecimento o visse. Assim sendo, tomamos whiskey.
Não demorou muito tempo (depois que o whiskey terminou) para meu irmão vir até mim: "Cara, vamos comprar uma garrafa de sakê?". Sem hesitar, aceitei na hora e perguntei pra atendente se o sakê era gostoso. Ela confirmou, sorrindo. Droga de night que ia sair cara, mas naquele momento eu não estava ligando muito pra isso. E ainda não estou. Foda-se, se viajei até aqui não vou economizar muito numa night. Todos bebemos, menos a namorada do meu irmão (que estava tomando remédio) e a atendente (pois estava de serviço). Bebemos sakê. Muito sakê. Ainda mais quando descobrimos que sakê com sal desce mais fácil. Num instante a garrafa secou.
Depois dessas doses decidi manter com uma cervejinha. "Mais uma Heineken, querida". Delícia... de cerveja. Enquanto os quatro felizes dançavam na pista ao som de um hip-hop, fiquei encostado no balcão do bar bebendo minha cerveja e gastando a onda e estava batendo com vontade. Decidi ficar um pouco quieto, concentrado em ignorar a vontade de ir ao banheiro.

"Não tô legal...". Meu irmão olhou pra mim suando um pouco. Na mesma hora seguimos pro banheiro. Ânsia de vômito não é algo muito legal. Ao chegar lá, logo uma golfada carregada jazia na pia do banheiro. Muita bebida rápido acaba dando nisso, ele nem estava muito tonto. Bochechar água, chicletinho, lavar rosto. Procedimentos normais. Voltamos pra pista.
As meninas nos chamaram pra sair um pouco pra tomar um ar. Chegamos lá fora e ficamos conversando um pouco, gastando onda. Enquanto isso, eu manjava duas garotas que ainda não tinham entrado na festa. Logo que o pessoal entrou, decidi ficar mais um pouco em minha dura atividade de concentração. Não demorou muito para que uma das minas (que aparentava ser mais nova e não ter dezoito de jeito nenhum) viesse falar comigo pelas grades. Ela queria a identidade de alguma das garotas que estava com a gente pra poder entrar (porque disse que tinha esquecido em casa.. aham, sei..).
Bêbado, o que eu fui fazer? Falei com meu irmão e as meninas conseguiram entrar na festa. O problema era que a menina entrou com a identidade da namorada dele. Um tanto inconsequente, não? Depois de alguns flertes eu estava com a prima da namorada do meu irmão. Tudo em família, sem problemas. Como estava bêbado e acompanhado, acabei dançando durante algum tempo. Mais alguns minutos (e mais uma Heineken) a menina lá de fora veio até mim no meio da pista e disse: "Tem como me arranjar aquela identidade de novo? Tem uma moça aqui da boate que quer ver minha identidade de novo!". Ah porra, dane-se! Saímos da pista e fomos lá pra fora, onde estavam meu irmão e sua respectiva namorada. Adivinha? Um bode. Ela não havia gostado muito do fato de ele ter entregado a identidade dela pra menina. Depois de algum papo, a night já estava um pouco desgastada e decidimos tomar um táxi pra ir até a casa do meu irmão pegar o carro do meu tio. Irresponsáveis...

Chegamos em casa e meu irmão entrou pra pegar a chave (e eu convencido por ele de não ir ao banheiro pra poupar tempo). "Vamos empurrar o carro pra ligar ele mais pra cima pro meu pai não ouvir". Seu bêbado! É uma ladeira. E lá ficamos durante alguns minutos tentando empurrar o carro ladeira acima com a namorada dele lá dentro. Puta vontade de cagar! Após a desistência, voltamos pra boate pra buscar as outras duas garotas. Ao chegar lá, encontramos com as duas saindo de lá com um cara. Estavam indo para a outra boate com ele. De volta para o carro, meu irmão deu a partida e fomos deixar sua namorada em casa. Cem por hora numa pequena estrada é muito? Imagina cento e trinta. De lá até o centro com os pneus cantando em quase todas as curvas (e muitas reclamações, tanto minhas quanto dela), chegamos vivos até lá. Despedida longa.

Caminho pra casa. E mais uma vez passamos dos cem por hora diversas vezes. Chegamos na outra boate. Vimos o movimento e conversamos bêbados sobre alguns acontecimentos da noite. Mais umas voltas a mais de cem por hora e de mais reclamação minha, chegamos em casa. Não pensei em mais nada. Saí do carro com meu irmão e enquanto ele trancava a porta subi correndo as escadas. Finalmente. Gibi da turma da Mônica. Com muita tranquilidade, no final da noite, caguei em paz.

domingo, 19 de abril de 2009

Eu não sou ninguém.

Sábado de bar. Minas Gerais.
Saímos eu e meu irmão em direção às imediações mais movimentadas enquanto boa parte da juventude da cidade estaria numa micareta. Certamente não era uma possibilidade. Sentamos no bar e como sempre, depois que a cerveja entra, a verdade sai.
Mesmo que nós sejamos melhores amigos, sempre existem algumas coisas que a distância acabava nos fazendo esquecer de contar. Situação engraçada, rimos até dos problemas de família. Ridículo. Aliás, problemas estes que só existem por orgulho. Quanta besteira!
Depois de uma boa quantidade de Originais, resolvemos fechar. Chega!, vamos pra casa ficar de bobeira o resto da noite. Eram por volta de 2:30. Chamamos um taxi e fomos. Chegando em casa, a onda bateu. E QUE onda... um tsunami!
Depois de rirmos muito do mundo e daquela situação ridícula, meu irmão se jogou no arbusto próximo à sua casa. Resultado: ele se estatelou no chão e o pequeno arbusto não resistiu. Rimos muito. Meu irmão e sua onda altamente destrutiva. Insano! Passaram-se alguns minutos e o cigarro caiu. E pra achar no escuro? Ficamos ridiculamente agachados iluminando o gramado com isqueiro e celular e a tentativa de salvar o fumo, até então, era em vão.
Então um carro dos guardas do condomínio apareceu indagando sem muito rodeio: "Quê que vocês tão fazendo aí?". Meu irmão respondeu rapidamente: "Procurando a chave que caiu por aqui!". O guarda também não pestanejou: "Cêis tão procurando chave ou atropelando o arbusto?".
Gelo! Mas, sabiamente, meu irmão levantou a chave e disse: "Encontrei. Boa noite!". Entramos em casa rindo muito. Mas que merda! Malditos guardas! A gente tava numa nice! Voltamos pra fora de casa. Bad. Que bad. Sentei no chão e me senti tonto. Muito tonto. Que merda, mané! As únicas coisas que conseguia dizer eram: "Eu não sou ninguém...". Obviamente, ao fundo, meu irmão se acabava de rir da minha situação. Mas é claro, no meu estômago eu só consegui colocar dois cachorros quentes durante o dia inteiro. Bad de novo. "Eu não sou ninguém...". Golfei. Que merda. Há muito tempo eu não golfava espontaneamente. A calçada ficou um pouco suja, mas foda-se né? Afinal, era vômito de alguém que não era ninguém. Ou pelo menos achava. Muitos risos ao fundo. Tudo rodou mais um pouco. Acordei. Ainda estava sentado com a cabeça baixa na calçada e meu irmão gastando o resto da onda.

Quer saber? Foda-se! Eu vou me deitar e esperar até amanhã pra onda passar. Subi correndo cambaleante, tirei a camisa e o tenis e deitei. Não precisei de nem um minuto. "Eu não sou ninguém...". Mais risos ainda ao fundo...

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Como foi de Viagem?

"Como foi de viagem?" é um blog de idealização de um grupo de amigos que, depois de muitas viagens juntos, resolveram criar um meio de divulgação de tudo que passou pela cabeça deles.

Desde conversas simples com estranhos, ou somente entre amigos, mesas repletas de desconhecidos, lugares exóticos, faculdade, casa, família..

Enfim.. e você? Como foi de Viagem?